25 março 2006

Um Silêncio

Por vezes cruzamo-nos com pessoas que não nos deixam entrar... porque nem eles próprios sabem onde está a sua porta! Tu foste uma delas...
Sabia que um dia, muito cedo, terias uma criança nos braços... Contrariando a tua própria vontade de que me enganasse, a primeira entregaste-a, a segundo desejo que cuides dela como nunca sentiste que cuidaram de ti!
E a ensines a sorrir, sem medo...


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Olhos no chão, braços cruzados, cabelo e roupa escolhidos e concebidos ao pormenor.
Transparência, invisibilidade, inexistência...

Uma imagem cuidada, garantindo que se reconhece, e todos os dias ao espelho se permite existir.
Um silêncio forte, recusando a participação, para não existir, não estar e não sentir.
Um silêncio de quem não acredita que a sua voz seja ouvida e as suas palavras entendidas... de quem já desejou gritar e calou definitivamente!
Um silêncio de quem já foi obrigada a sentir o que não desejou... de quem se perguntou:
- Se não existir, não sinto!?

23.11.2001 - 02.40h

1 comentário:

Mónica disse...

Não precebi qem era, mas precebi q era ese o suposto!
Adorei os textos :)

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Amo-te Muito